Pastor assembleiano avalia fracasso em projetos políticos das igrejas e questiona: “O que esses projetos rendem para as igrejas?”

 

Pastor Feijoense  consagrado na Assembleia de Deus há mais de 10 anos, o historiador, bacharel em Teologia e advogado Luzivan do Nascimento Aguiar tem fundamentação prática para avaliar e dizer por que os projetos políticos das grandes igrejas evangélicas do Acre fracassaram. 

Ao Notícias da Hora, pastor Luzivan diz que enquanto os projetos forem pessoais, de um grupo e os candidatos escolhidos não contarem com a “confiança e simpatia” das pessoas, as igrejas continuarão fracassando na tentativa de elegerem seus candidatos. 

“A igreja nunca teve e nem terá o direito de escolher meus candidatos por mim. Depois, sou pastor presidente da Assembleia de Deus em Senador Guiomard - Ministério de Rio Branco, mas minhas palavras aqui são pessoais e não em nome da instituição. O insucesso do suposto projeto se dá, entre outras coisas, pelos nomes. O candidato tem que sair do meio do povo, ser um nome bom, contar com a confiança e simpatia das pessoas e não ser escolha de uma pessoa ou de um pequeno grupo. Em nenhum lugar esse tipo de escolha funciona. As pessoas vão para igreja pra serem salvas e não pra perderem o direito de escolher seus candidatos.”



De acordo com o pastor Luzivan falta a esses projetos um exemplo de benefício coletivo. Para ele, as ovelhas passaram a rejeitar os candidatos evangélicos quando perceberam que não há qualquer proposta coletiva nessas candidaturas. 

“O que os chamados projetos políticos de igrejas rendem para as igrejas? Pergunte aos membros, pois eles não viram. Talvez a resposta surpreenda muita gente. Benefício é no coletivo, no povo, e não para um pequeno grupo que na maioria das vezes nem são quem mais precisam. E por último, porém, não menos importante, vejamos o que aconteceu nessa eleição: todos os projetos políticos da igrejas grandes fracassaram. Pergunto: alguma avaliação sincera é feita sobre isso? Alguma vez mudamos o caminho para termos um resultado diferente? Somos de fato um corpo ou os interesses individuais e mesquinhos nos dominam nessa hora? A resposta eu deixo com o eleitor.”

Presidente na Assembleia de Deus (Ministério de Rio Branco) em Senador Guiomard, Luzivan Aguiar apoiou o deputado estadual Sargento Cadmiel Bonfim, que com 5. 909 votos não conseguiu se reeleger, porém afirma que jamais pressionou qualquer obreiro ou ovelha a votar em seu candidato. 

“Tivemos um candidato em minha igreja. Presbítero e deputado estadual Sargento Cadmiel Bonfim era candidato à reeleição e tirou 5.909 votos suados e conscientes. Ficou na primeira suplência com uma votação maravilhosa. Pergunte aos irmãos da igreja que pastoreio se alguém foi compelido direta ou indiretamente a votar nele? Pergunte quantos voluntariamente aderiram ao projeto? As respostas mostram o caminho a ser seguido”, conclui.


Candidatos assembleianos foram para a balsa 
 
As Assembleias de Deus no Acre fracassaram no propósito de eleger seus candidatos. 
 
O pastor Pedro Abreu, presidente da Convenção de Igrejas e Ministros da Assembleia de Deus no Acre, não conseguiu convencer os obreiros e o rebanho sob o comando dele a votarem em Jairo Carvalho, ex-deputado e que tentava voltar ao Poder Legislativo estadual com a promessa de priorizar a construção de um centro de convenções para a instituição.
 
O candidato do pastor Pedro obteve boa votação: 4.001, porém não o suficiente para que Jairo se elegesse. Sobrou fé e faltaram votos ao candidato a deputado do Republicanos.
 
O enredo na Assembleia de Deus do 1º Distrito de Rio Branco foi parecido, da pressão sob o velho argumento de que “crente vota em crente, irmão vota em irmão” à convicção de que os milhares de membros votantes membros da denominação atenderiam o comando do pastor-mor, o líder assembleiano Luiz Gonzaga. 
 
Não foi o que aconteceu. As ovelhas se rebelaram e não quiseram dar um mandato de deputada estadual a Yael Saraiva (PSD), nora de Gonzaga, que teve 1.705 votos, e a Jesuíta Arruda (também do PSD), derrotada na disputa a uma vaga na Câmara dos Deputados, que recebeu 6.148 votos.
 
O deputado estadual pastor Wagner Felipe (Republicanos), da Assembleia de Deus de Madureira, não conseguiu se reeleger.
 
Era o candidato institucional da denominação que integra, porém não obteve votação suficiente para permanecer por mais quatro anos no Poder Legislativo do Estado. Com 4. 159 votos, Wagner Felipe voltará a se dedicar integralmente a partir do ano que vem à obra eclesiástica. 
 
Restaram apenas lamentações e sinais de que a massa cristã entende que há um certo limite entre política partidária e igreja.
 
Também seguiram na balsa os candidatos assembleianos Cadmiel Bonfim, que buscava a reeleição, e Ismael Muniz.  

fonte: Luciano Tavares /https://www.noticiasdahora.com.br/

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