O Acre é a região do Brasil que registra o maior número de abalos sísmicos. Este, inclusive, é um fenômeno que tende a se intensificar por aqui. A razão se dá pelo fato de o Estado estar localizado na borda da Placa de Nazca, que passa embaixo da Placa Sulamericana, fenômeno responsável pelo soerguimento da Cordilheiras dos Andes. O restante do país encontra-se distanciado de encontros entre placas tectônicas.
A constante movimentação das placas tectônicas gera os tremores de terra de grande magnitude. O que livra a população acreana de ser afetada pelos abalos é que os mesmos acontecem, em sua grande maioria, a mais de 100 quilômetros de profundidade.
Muitos abalos sísmicos tem seu epicentro no próprio subsolo do Acre ou nos países vizinhos, Peru e Bolívia (países sob a Cordilheira dos Andes). Quando ocorre no Acre, geralmente são bem mais profundos, pois a zona de transição entre as placas aqui estão há muitos quilômetros de profundidade. Por esta razão, quase não são perceptíveis, muito embora este abalos apresentem forças que, em outras situações mais próximas ao solo, teriam poder de devastação.
O Estado precisa ter seus próprios observatórios sismológicos, pois não podemos depender dos registros dos Estados Unidos ou de Brasília para saber o que acontece por aqui. É certo que um abalo sísmico não é possível de se prever, mas as análises das atividades sísmicas ao longo do tempo, garantiram parâmetros e base científica para a compreensão melhor da estrutura geológica desta região tão próxima da instabilidade andina.
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